Veddas

VEDDAS

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

10 de Janeiro


Tudo o que é vasto, quando observado cautelosamente por perto é uma ilusão. As estrelas são um tremendo de um exemplo a ser dado. Toda criança ao olhar as estrelas durante a noite, devem pensar que elas são pisca-piscas que decoram e iluminam o céu, ainda que com uma  precisão menor que o Sol, elas tem um toque mágico de imaginação e fantasia extra.
Ai de mim se eu ainda fosse uma criança e pudesse sonhar com coisas loucas sem ser estereotipada. Eu poderia me vestir com trajes dos meus heróis favoritos e sair correndo pela casa fingindo combater um crime inexistente aos olhos de um adulto, sendo que ao meu ver, seria um crime quase real, só não tanto pelo fato de ser imaginário, mas vou poupar esse detalhe e ocultá-lo de uma forma mística e misteriosa. Meu maior sonho é voltar ao tempo, bem no momento em que eu soprava as velinhas nos meus aniversários, para desejar ter tido a dádiva de não ter crescido, queria  permanecer na idade que tinha quando descobri a magia de viver e o encantamento de estar viva, livre de lágrimas e com uma única responsabilidade: “ser feliz.”

sábado, 7 de janeiro de 2012

7 de Janeiro


Qualquer pessoa que me conheça saberia agora que estou morta por dentro, só que ninguém me conhece. Eu não me conheço, e então, como posso saber que morri?
Existe uma grande diferença entre morrer e estar morrendo, só que não consigo enxergar mais nada além do meu reflexo distorcido no espelho e minhas cicatrizes internas. Essas cicatrizes por estarem dentro de mim, eu não as enxergo, mas pelo fato de serem tão profundas e intensas, eu as sinto, e elas me causam uma dor maior a cada dia que vivo. Não existe uma cura imediata para nenhuma delas, muito menos esquecer como cada uma foi feita, também não há remédios que aliviem a dor com a exceção das lágrimas. Lágrimas que são impedidas de caírem dos meus olhos por uma barreira que criei usando a imaginação, e então elas vão se acumulando, ocupando todo o espaço e alagando tudo por dentro do que digo ser meu corpo, causando reações terríveis e dolorosas.
Minha alma grita por socorro e implora a vida. Ela não quer me deixar.
Lembranças aparecem como flashbacks em minha cabeça. Meu coração dói.
E é aí que me vejo deitada sobre o piso gelado do meu quarto, sem batimentos cardíacos, sentimentos e memórias, como se a dor estivesse sendo expulsa e indo se abrigar em outros corpos. Corpos onde há um coração exercendo sua única e maravilhosa função, a função que acabo de impedir o meu de fazer. Adeus vida, sentimentos e... adeus mundo.
VEDDAS